Na pesquisa apresentada pelo
CEBRAP – Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (https://cebrap.org.br/),
em outubro/22, que criou um agregador de pesquisas por religião; constata-se
que a vantagem de Lula é maior entre os espíritas - 67% das intenções de votos,
o que pode nos levar a conclusão que os espíritas, em sua maioria, compreendem
que o espiritismo é progressivo e progressista como apontou Allan Kardec nas
obras espíritas.
Nós, do Fórum de Mulheres
Espíritas do IFEHP, compreendemos que o espiritismo não é uma religião no
sentido do termo que conhecemos – dogmática, ritualística, com culto às
imagens, representações e hierarquias sacerdotais. O espiritismo é uma religião
no campo da moralidade cristã. O Deus espírita não é antropomórfico.
Ainda que nos deparemos com
espíritas do campo institucional defendendo propostas e atitudes indefensáveis
do atual governo, publicamente conhecidas, e que não se alinham, em nenhuma
letra sequer, com as proposituras e princípios do Espiritismo; a grande maioria
dos espíritas, como aponta o resultado da pesquisa CEBRAP, está alinhada com a
justiça social, a liberdade, a solidariedade e a dignidade humana.
O espiritismo não se alinha com a
necropolítica, com a adoração contemplativa de Deus. A partir do conhecimento
do bem e do mal, devemos não apenas não fazer o mal, mas, fazer o bem.
O espiritismo não se alinha com a
degradação do meio ambiente; por outro lado, alinha-se com a conservação dos
bens da terra.
O espiritismo não se alinha com a
desigualdade e a injustiça social, pois as desigualdades não são obras de Deus,
mas, do homem.
O primeiro direito do homem é
viver.
Todos os homens são iguais
perante Deus.
O progresso humano só ocorre em
sociedade, nas relações sociais.
Nenhum ser humano é propriedade
de outro.
Na impossibilidade produtiva, o
forte deve trabalhar para o fraco. A família e a sociedade devem acolher os sem
condição para o trabalho.
Numa sociedade organizada segundo
a lei do Cristo, ninguém deve morrer de fome.
O Espiritismo é progressista e,
portanto, humanista em sua proposta de fazer o Reino de Deus chegar a toda a
humanidade, mas não o Reino de César, da matéria; e sim o Reino de Deus, no
coração das pessoas. E a pesquisa só vem corroborar isto.
Dito isto, entendemos que é
fundamental o estudo das obras kardecianas pelos espíritas, no Brasil; e, a
partir delas, estabelecer diálogos com as demais áreas do conhecimento.
É urgente darmos voz a esse
espiritismo progressista que vibra em nossos corações. Não nos calemos mais.
Kardec nos incita a divulgá-lo com toda a nossa resiliência e coragem.
Esse novo tempo chegou. Kardec
ensinou que a missão do espírito encarnado é instruir os homens, auxiliar em
seu progresso, melhorar as instituições por meios diretos e materiais.
Não há mais lugar para um espiritismo
que não seja convergente com a justiça social.
Fórum de Mulheres Espíritas do
IFEHP
Parece que depois de uma tempestade, estamos vislumbrando um tempo bom !!
ResponderExcluirCom esse resultado dessa pesquisa, podemos afirmar sim, que a maioria dos Espíritas estão conscientes do papel do Espiritismo em nossa sociedade.
Conforme mencionado, e com muita propriedade no artigo, o Espiritismo é progressista e progressivo e se alinha com todas as ações e formas de pensar que valorizam o ser e que respeitam a diversidade, o meio ambiente, o próximo e a vida.
Não compactuamos com ideologias que trazem a separação, o abuso do homem pelo homem, a exploração do mais fraco, o desrespeito as minorias e todas as formas de agir que vão contra a máxima que diz: "Fazer ao outro, o que queres que seja feito para você"
Parabéns pelas informações claras e pelas reflexões necessárias !!